VOZ DE PERFORMANCE: É a voz utilizada, profissionalmente ou não, em apresentações (Fala ou Canto)

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São Paulo, São Paulo, Brazil
Reinaldo Kazuo Yazaki é médico otorrinolaringologista, CIRURGIÃO OTORRINO E CIRURGIÃO DE VOZ, CRM 107745, também pesquisador em Voz & Laringologia, tb dedicado à VOZ CANTADA, graduado na Escola Paulista de Medicina. Obteve Título de Médico-Residente Concursado, do Depto. de Otorrinolaringologia da Universidade Federal de São Paulo. Em exame teórico-Prático, obteve o Título de Especialista em OTORRINOLARINGOLOGIA em 2006, pela Associação Médica Brasileira e Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Tornou-se médico-colaborador totalmente voluntário e orientador-voluntário dos médicos-residentes da Universidade Federal de São Paulo, na área de Laringologia e Voz, Cirurgias de Voz e Câncer de Laringe, desde 2006 até 2011. Tem interesse especial por Voz Profissional e Cantada e Cirurgia Oto-Rino-Laringológica. Tem afinidade pela atuação em Cirurgia. Hoje, tem como principais atividades profissionais as cirurgias para a VOZ, das amígdalas, desvios de septo, especialmente em cantores, com experiência em TODAS as cirurgias otorrinolaringológicas, incluindo as de CANTORES profissionais. __reinaldoyazaki@yahoo.com___Consultório:11-9.83737503.

BARíTONO!!!

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Saudades do CORAL UNIFESP !!!!

Aula dada no CONGRESSO BRASILEIRO DE OTORRINOLARINGOLOGIA, SEÇÃO DE LARINGOLOGIA E VOZ PROFISSIONAL

Aula dada no CONGRESSO BRASILEIRO DE OTORRINOLARINGOLOGIA, SEÇÃO DE LARINGOLOGIA E VOZ PROFISSIONAL
COMO AVALIAR O CANTOR LÍRICO E POPULAR EM 4 PASSOS: RUMO A UMA AVALIAÇÃO MAIS RACIONAL E DIRECIONADA PARA A QUEIXA DA VOZ CANTADA.

Coral Unifesp

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Espetáculo: " A era do rádio: 70 anos da Rádio Nacional": Casa lotada em vários dias de apresentação: + de 300 pessoas por dia!!!!!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Sobre as Disfonias ditas Funcionais, ou seja, com queixa apresentada pelo paciente e laringoscopia morfológica cunhada como "normal" :

(Por Dr. Reinaldo Yazaki)Disfonias Funcionais compõem o maior grupo dos distúrbios de voz, principalmente sentidos por pacientes que usam a forma de comunicação vocal como o principal instrumento de trabalho. Como o próprio nome diz, é o distúrbio de voz que surge do uso inadequado ou excessivo/abusivo, que pode levar potencialmente a um distúrbio orgânico ou lesão das cordas vocais.


Representam um conjunto de diversas situações em que na visibilização laríngea morfológica, - ou seja, aquela laringoscopia simples que detalha os "formatos" das pregas vocais-, não se observam alterações orgânicas ou teciduais que possam justificar tais desconfortos sentidos pelo paciente. 


Toda doença relacionada a movimentos corporais, sejam repetitivos estes ou não, começa com um desconforto em determinado momento do tempo, que pode ser valorizado- gerando uma busca de ajuda médica-, ou não, deixando essa decisão para um momento em que a "coisa pegue mais". Como em qualquer parte do corpo, as pregas vocais podem ser resistentes, mas quando começam a causar sintomas, geralmente a melhora pode não ser tão rápida assim. O mesmo acontece com certos distúrbios ortopédicos de punho, mãos, tendões dos braços, que iniciam-se com simples dores e podem terminar com imobilizações, gerando ausências no trabalho. Existe um paralelismo real entre essas condições ortopédica ou otorrinolaringológica, muito frequentes no âmbito profissional.


É nesse contexto em que se inserem as dificuldades novas no canto e na voz falada, cansaços vocais progressivos, as alterações da qualidade e/ou a perda da voz limpa, que sem dúvida necessitam de diagnóstico médico preferencialmente precoce, para que o tratamento adequado ditado e orientado por médico otorrinolaringologista- neste caso dedicado a essa população de usuários profissionais da voz-, possa atuar mais na prevenção de pioras do que no tratamento de machucados ou lesões vocais per se. 


O médico otorrinolaringologista dedicado à voz tem essencial papel na determinação da causa do dificuldade em questão, do tratamento clínico, avaliando outras condições médicas associadas, indicando medicações de diversos tipos, prescrevendo fonoterapias em trabalho íntimo/conjunto com suas fonoaudiólogas de confiança, e até mesmo cirurgias para os casos que deixaram, infelizmente, de ser meramente funcionais. Se a causa está no uso inadequado, qual seria este? Se está no uso excessivo/abusivo, que se deve fazer para acelerar a melhora? Deve-se deixar de usar a voz? Minimizar seu uso? Deve-se deixar de trabalhar? Há necessidade de atestado para que o estado não piore? Há infecções, refluxo, alergia, distúrbios auditivos ou outras condições no corpo que podem corroborar para a piora desta disfonia funcional? É um trabalho de muita responsabilidade em que se zela pela longevidade profissional dessa voz neste paciente em questão. 


Nesse tocante, entram as peculiaridades de cada voz, em cada ser humano, em cada profissão. A demanda vocal é diferente, em termos de quantidade de uso, necessidade de resistência, necessidade de qualidade vocal, grau de volume intensidade, que cada profissão exige, quando se compara, por exemplo, o uso vocal de um BELTER do Teatro Musical Paulistano (diga-se de passagem, agora o maior da América Latina) e de um Cantor Lírico do Teatro Municipal. O cotidiano profissional de cada um é peculiar, o que por sua vez determinará e muito as decisões do médico e da fonoaudióloga sobre qual caminho terapêutico deveremos seguir. É nesse ponto em que entra a avaliação funcional da voz por vídeo-endoscopia e da estroboscopia.


Nosso trabalho nessa linda área da Medicina da Voz Artística, das Artes e Expressão/Comunicação é PREVENIR O MÁXIMO POSSÍVEL a cirurgia, atuando no período pré-lesão, indicando o tratamento inicial e REVENDO EM RETORNOS ESTE PACIENTE, ATÉ O DEFINITIVO DESAPARECIMENTO DA QUEIXA OU DESCONFORTO SENTIDO pelo mesmo. 


Como em qualquer parte da Medicina, um tratamento tem um Diagnóstico, um Tratamento e uma Alta médica, para que essas vozes continuem a nos brindar com reluzentes e sonoros sorrisos, por toda uma carreira ligada ao uso da Voz Humana. Então, não deixemos que as sintomas "peguem mais" para buscar ajuda médica otorrinolaringológica pública ou privada.